sexta-feira, 9 de julho de 2010

Teorias da Conspiração: Illuminati, Maçonaria, Nova Era Mundial, Vacina H1N1 & Cia.



Os Illuminati e a Maçonaria dominam o mundo e estão por trás da nova ordem mundial! A vacina contra a gripe suína é uma farsa e visa coibir o aumento da população mundial. Os americanos capturaram extraterrestres e os mantém vivos numa base secreta chamada Área 51. John Lennon foi assassinado pela CIA. Michael Jackson foi vítima de conspiração da indústria fonográfica. A Xuxa fez pacto com o diabo. Estas são algumas das teorias de conspiração mais conhecidas em nossos dias.

Recentemente deparei-me com alguns artigos e vídeos sobre tais teorias. Algumas chegam a ser plausíveis, nos levando a refletir sobre muita coisa que temos visto na mídia em geral. Outras, porém, além de improváveis, revelam a criatividade mórbida de quem as inventa.

Não duvido de que muito daquilo que nos é contado nas aulas de história nada mais é do que a versão de quem venceu a guerra. Também não duvido que muitos dos dirigentes das nações não passem de marionetes nas mãos das elites. Creio que entre os famosos haja quem tenha feito pactos demoníacos para alcançar o sucesso. Enfim, tudo isso me parece factível, ainda que não seja provado.

O que me incomoda é que tem muita gente se deixando levar por uma onda de factóides conspiratórios, empreendendo uma verdadeira caça às bruxas. Em vez de se preocupar em construir uma sociedade mais justa e transparente, ficam a espreitar em busca de sinais que evidenciem alguma conspiração. Se a logomarca de uma empresa tem um forma geométrica triangular, logo é considerada satanista, simplesmente porque o triângulo lembra pirâmide, usada em cultos ocultistas. Se vêem um arco-íris, lá vêm as suspeitas de que tenha alguma ligação com a agenda gay. Isso acaba se tornando uma obsessão. Produtos são boicotados por sua pseudo-ligação com o ocultismo. Lendas urbanas são engendradas, como aquela que diz que o McDonald's patrocina o satanismo, ou que a chegada do homem à Lua foi uma farsa, ou que o Elvis ainda vive escondido em alguma ilha do Pacífico.

Pelo amor de Deus! Será que não percebem que isso atenta contra nossa saúde espiritual e emocional?

Não ouso negar que algumas de tais teorias não procedam. Porém isso não pode me distrair do foco. Tenho que prosseguir impulsionado pela certeza de que Deus tem o controle de tudo, inclusive das tentativas humanas ou satânicas de frustar Seus planos.

Tenho que acreditar que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, e que são chamados segundo o Seu propósito (Rm.8:28).

Esta era a certeza que norteava a igreja primitiva. Logo na primeira perseguição que sofrera, a igreja se reuniu e em oração declarou:

"Ó Soberano, tu fizeste o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há! Tu falaste pelo Espírito Santo por boca do teu servo, nosso pai Davi: ‘Por que se enfurecem as nações, e os povos conspiram em vão? Os reis da terra se levantam, e os governantes se reúnem contra o Senhor e contra o seu Ungido’. De fato, Herodes e Pôncio Pilatos reuniram-se com os gentios e com os povos de Israel nesta cidade, para conspirar contra o teu santo servo Jesus, a quem ungiste. Fizeram o que o teu poder e a tua vontade haviam decidido de antemão que acontecesse. Agora, Senhor, considera as ameaças deles e capacita os teus servos para anunciarem a tua palavra corajosamente” (At.5:24-29).

Que há conspirações, certamente que há. Mas elas não nos podem demover de nosso propósito central. Há uma conspiração maior do que aquelas engendradas pelos poderosos deste mundo: a conspiração do Reino de Deus.

A passagem usada pelos cristãos primitivos nesta oração foi registrada originalmente no Salmo 2. Na continuidade do salmo, Davi relata a reação de Deus diante das conspirações dos poderosos:

“Do seu trono nos céus o Senhor põe-se a rir e caçoa deles” (Salmos 2:4).

Em outras palavras, Deus não os leva a sério. Se de fato há treze famílias na terra que detém o poder sobre os governos e instituições financeiras, por mais poderosos que sejam, Deus acha graça e caçoa deles. Nem os Illuminati, nem o Priorado de Sião, ou a fraternidade “Skull and Bones”, devem despertar em nós outra reação que não seja riso. Não passam de um monte de gente boba, estúpida, tentando assegurar seu poder no mundo, mas cujo destino já está selado (1 Co.2:6).

Lembre-se que Ele é quem “remove reis e estabelece reis” (Dn.2:21). Não vou gastar o resto da minha vida preocupado com quem será a besta do Apocalipse ou o Anticristo. Na mesma passagem em que João alerta a igreja sobre o espírito do Anticristo, ele ressalta: “Vós sois de Deus, e já o vencestes, porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo” (1 Jo.4:4).

Mesmo a Besta do Apocalipse está submetida a autoridade do Rei dos reis. Por isso a Escritura afirma que o próprio Deus pôs no coração dos reis que a seguem “o realizarem o intento dele, concordando dar à besta o poder de reinar, até que se cumpram as palavras de Deus”(Ap.17:17). Isso nos traz segurança. Nosso Deus não é um fantoche nas mãos dos homens, tampouco é pego de surpresa por suas conspirações. Ele tem Sua própria Agenda!

Não sou eu quem vai perder tempo ouvindo discos rodando ao contrário atrás de mensagens subliminares.

Parem de ver o chifre do diabo em tudo e comecem a ver a providência divina conspirando pelo estebelecimento do Reino de Deus entre as nações.

Imagine se a igreja primitiva se negasse a usar as estradas construídas pelo Império Romano, alegando que aquilo era obra do diabo!

Custou anos até que os crentes permitissem que a TV entrasse em suas casas. Pregadores vociferavam de seus púlpitos, ameaçando os crentes com a perda da salvação, caso deixassem que o olho de Satanás entrasse em seus lares.

Tudo isso é meninisse, e se quisermos cumprir nossa missão temos que deixar as coisas de menino.

Sinceramente, acho que a maior cartada que o inimigo tem dado para coibir o avanço da igreja tem sido justamente esta: distrair-nos com suas teorias de conspiração.

Paulo recusou-se a se deixar distrair. A leitura que fazia dos fatos era sempre ressaltando a soberania de Deus e a maneira como as coisas se encaixavam para bem-suceder Seus propósitos eternos.

Imagine se Paulo pensasse como muitos crentes de nossos dias. Ele escreveria da prisão dizendo: Irmãos, o diabo é muito sujo. Olha o que ele fez comigo, usando aqueles judeus para me acusar injustamente, e pressionar os romanos a me prenderem. Tudo foi uma conspiração! Orem e denunciem para abrir os olhos dos outros irmãos.

Mas em vez disso, veja o que ele escreve de dentro da prisão:

“E quero, irmãos, que saibais que as coisas que me aconteceram contribuíram para maior avanço do evangelho. De maneira que as minhas cadeias, em Cristo, se tornaram conhecidas de toda a guarda pretoriada e de todos os demais. Muitos dos irmãos no Senhor, tomando ânimo com as minhas cadeias, ousam falar a palavra mais confiadamente, sem temor”(Fp.1:12-14).

Bem que Jesus advertiu que se nossos olhos fossem bons, tudo ao nosso redor seria luz. O que nos difere do incrédulo não é o fato de nos sucederem coisas boas, enquanto a eles somente coisas más. O que nos difere é a leitura que fazemos da realidade. Temos a certeza de que Deus orquestra todas as coisas, de maneira que, até as que são aparentemente ruins, se tornam revestidas de um novo significado, à medida que nos conduzem na direção da concretização dos propósitos divinos.

Os irmãos de José conspiraram contra ele, mas muito acima de seus planos mesquinhos estava a conspiração divina para elevá-lo ao segundo posto mais importante do Egito, e assim, ajudar a preservar a linhagem da qual viria o Filho de Deus (Gn.45:5-8).

Os presidentes e sátrapas da Babilônia conspiraram contra Daniel, armando um flagrante que forçaria o rei a lançá-lo na cova dos leões. Porém, acima de suas conspirações estava a conspiração divina para elevar ainda mais a Daniel naquele reino. O texto que relata este episódio termina dizendo: “Foi assim que Daniel prosperou no reinado de Dario, e no reinado de Ciro, o persa” (Dn.6:28).

Não sejamos ingênuos, mas também não sejamos obcecados. Mantenhamos nossos olhos fitos no autor e consumador de nossa fé, e não deixemos que nenhuma teoria de conspiração nos distraia do foco.

Em tempo, não me importo com quem está por trás das conspirações, mas com quem está acima de todas elas.

Extraído do blog do Pastor Hermes C. Fernandes


terça-feira, 25 de maio de 2010

Antes que o galo cante!




“Qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do homem...”Lucas 9:26a

“Não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus...” Romanos 1:16a

Há duas maneiras de negar a Jesus.

A primeira é envergonhando-se d’Ele, como fez Pedro no pátio do Templo, enquanto se aquecia ao redor de uma fogueira à espera do veredicto que condenaria Jesus (Lc.22).

Preocupado em salvar a própria pele, por três vezes Pedro negou conhecer seu Mestre. O canto do galo foi o despertador usado por Deus para chamar a sua atenção. Não foi por falta de aviso. Mas a pressão psicológica a que Pedro estava sendo submetido era tamanha, que ele sequer se lembrou da advertência de Jesus.

Quantas vezes temos nos envergonhado de Jesus? Infelizmente, nem sempre temos um galo por perto para despertar nossa consciência. Porém, há situações que nos servem como despertadores. Circunstâncias adversas, decepções, e até tragédias, chegam em hora oportuna. Mas nem sempre conseguem chamar nossa atenção.

O que mais incomodou Pedro não foi o canto do galo, mas o olhar penetrante de Jesus. Foi aquele olhar desapontado que fez com que Pedro chorasse amargamente por toda a noite.

Ah se tivéssemos consciência de que o olhar do Senhor está constantemente sobre nós!

Aquele que não Se envergonha de nos chamar de irmãos, não merece que nos envergonhemos d’Ele (Hb.2:11).

A segunda maneira de negá-Lo é envergonhando-O diante dos homens.

Paulo denuncia aqueles que “professam conhecer a Deus, mas negam-no pelas suas obras, sendo abomináveis, desobedientes e reprovados para toda boa obra” (Tt.1:16).

É difícil dizer o que é pior, envergonhar-se d’Ele ou envergonhar a Ele.

Não adianta confessá-Lo perante os homens, e negá-Lo com nossas obras. Talvez fosse melhor que não O confessássemos, do que nos declararmos cristãos e vivermos como ímpios.

Judas não negou que O conhecia. Entretanto, usou tal conhecimento para entregá-lo aos seus inimigos. Judas não O negou com suas palavras, mas O negou com suas obras.

Todos, em algum momento, somos tentados a negar Jesus. Quer seja por vergonha de nos identificarmos como Seus seguidores, quer seja por atitudes que denigrem a nossa fé.

Como evitar que neguemos a Cristo?

Só há uma maneira de evitar: negando a nós mesmos.

Jesus disse: “…Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me” (Mc.8:34).

Se não negarmos a nós mesmos, eventualmente negaremos Aquele que nos resgatou (2 Pe.2:1). Negar a si mesmo é dizer não à sua própria vontade, é abrir mão de direitos, é não pleitear a própria causa. Quem nega a si mesmo já não faz questão de coisa alguma. Parafraseando Paulo, estamos crucificados com Cristo. Desistimos de nossa própria vida, para que Cristo viva Sua vida através de nós.

Nos envergonhamos de nossa justiça própria, pra nos gloriar na Justiça que vem do alto.

Negar a si mesmo é renunciar a tudo em nome da única coisa de que não podemos abrir mão: Cristo. O que antes reputávamos como lucro, agora consideramos perda.

De tudo de que devemos abrir mão, o mais difícil é a justiça própria.

Podemos desistir de um projeto pessoal em nome de algo mais nobre. Podemos renunciar títulos, conforto material, fama, mas dificilmente nos dispomos a renunciar nossa justiça própria.

Queremos sempre ter a razão em tudo. Basta que sejamos injustiçados, e logo recorremos a esse senso de justiça própria. Somos eternas vítimas.

Vítimas do sistema, vítimas de perseguição, vítimas dos falsos amigos, etc.

Se não renunciarmos nossa justiça, não desfrutaremos da justiça de Cristo.

Se não nos negarmos a nós mesmos, negaremos a Cristo.

Se pleitearmos nossas causas, estaremos dispensando a atuação de nosso advogado, Jesus.
Paulo entendeu isso perfeitamente, e por isso, escreveu:

“Mas o que para mim era lucro, considerei-o perda por causa de Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por quem sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo, e seja achado nele, não tendo justiça própria...” (Fp.3:7-9a).

Em vez de nos preocuparmos com nossa reputação, nos preocupamos com nosso testemunho. Em vez de nos preocuparmos com a aquisição e manutenção de bens materiais, nos preocupamos em repartir o que temos com os que nada têm.

Simplesmente, morremos. Sim, morremos para nossas pretensões. Já não há causas a defender, senão a causa do Reino de Deus e da Sua justiça.

Hermes C. Fernandes

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Motivo para levarmos a Cruz - João Calvino



1. Nosso Senhor não foi obrigado a levar a cruz exceto para provar a obediência a Seu Pai. Porém há muitas razões pelas quais nós devemos viver sob a contínua influência da cruz.

Primeiro, posto que somos inclinados por natureza a depositar total confiança em nossas próprias capacidades, a menos que aprendamos lições de nossa própria estupidez, formaríamos uma noção exagerada de nossa força, dando por certo que, passemos o que passarmos, seguiremos permanecendo invencíveis.

Com este tipo de atitude, nos encheríamos, como estúpidos, de uma confiança carnal e vã insuflando-nos de orgulho contra Deus, como se nosso poder fosse suficiente e pudéssemos prescindir de Sua graça.

Não há nenhuma maneira melhor de reprimir esta vaidade do que provando o quanto somos estúpidos e o quanto é frágil e vulnerável nossa natureza humana. Neste caso, é necessário passar pela experiência da aflição. Portanto, Ele nos aflige com humilhação, pobreza, perda de entes queridos, enfermidades ou outras provações.

2. Os mais santos, sabendo que somente podem ser fortes na graça do Senhor, têm um conhecimento mais profundo de si mesmos uma vez que têm passado por muitas provas e dificuldades na vida. O mesmo Davi teve que dizer: "Eu dizia na minha prosperidade: não vacilarei jamais." ( Sal. 30.6.)

Davi afirma que a prosperidade havia obnubilado de tal forma seus sentidos, que deixou de pôr seus olhos na graça de Deus, da qual deveria depender continuamente. Em vez disso, creu que poderia andar por suas próprias forças e imaginou que não cairia jamais.

3. Se isto ocorreu a este grande profeta, qual de nós não deveria ser cuidadoso e temeroso?

Se em meio à prosperidade muitos santos foram congratulados com perseverança e paciência, quando a adversidade quebrou suas resistências, viram que se enganaram a si mesmos.

Advertidos de tais debilidades por tantas evidências, os crentes recebem uma grande bênção por meio da humilhação.

Despojados assim de sua estúpida confiança na carne, se refugiam em Deus, e uma vez que o têm feito, experimentam a presença e a comunhão da divina proteção, que lhes é uma fortaleza inexpugnável.

Fonte: O Calvinismo

terça-feira, 6 de abril de 2010

SOMENTE DEUS

Uma vez um sábio professor de estudo bíblico disse: “mais cedo ou mais tarde Deus trará as pessoas autossuficientes a um lugar onde não terão recurso algum a não ser Ele — sem forças, sem respostas, nada a não ser Ele. Sem a ajuda de Deus eles estão acabados”.


Depois ele nos contou a história de um homem desesperado que confessou ao seu pastor: “Minha vida está indo muito mal.” O pastor perguntou: “Muito mal?” Cobrindo a cabeça com as mãos, ele lamentava: “eu lhe direi o quanto — tudo o que me restou foi Deus”. O rosto do pastor iluminou-se, “fico feliz em garantir-lhe que alguém a quem nada resta a não ser Deus tem mais do que suficiente para uma grande vitória!”


Na leitura bíblica de hoje, o povo de Judá também estava com problemas. Eles admitiram a sua falta de capacidade e sabedoria para vencer seus inimigos. Tudo que lhes restava era Deus! Mas 
o rei Josafá e o povo viram isto como um motivo de esperança, não de desespero. Eles declararam a Deus: “…os nossos olhos estão postos em ti” (2 Crônicas 20:12). E a esperança deles não foi frustrada, pois Ele cumpriu a Sua promessa: “…a peleja não é vossa, mas de Deus” (2 Crônicas 20:15). 


Você está num lugar onde toda a autossuficiência se foi? À medida que voltar os seus olhos para o Senhor e colocar sua esperança nele, você terá a certeza da promessa de Deus de que você não precisa de mais nada.

Joanie Yoder

Quando Deus é tudo o que você tem, 
você tem tudo de que precisa.

Base Bíblica: 2 Crônicas 20:3-17

"Então Jeosafá temeu, e pôs-se a buscar o SENHOR, e apregoou jejum em todo o Judá.
E Judá se ajuntou, para pedir socorro ao SENHOR; também de todas as cidades de Judá vieram para buscar ao SENHOR.
E pôs-se Jeosafá em pé na congregação de Judá e de Jerusalém, na casa do SENHOR, diante do pátio novo.
E disse: Ah! SENHOR Deus de nossos pais, porventura não és tu Deus nos céus? Não és tu que dominas sobre todos os reinos das nações? Na tua mão há força e potência, e não há quem te possa resistir.
Porventura, ó nosso Deus, não lançaste fora os moradores desta terra de diante do teu povo Israel, e não a deste para sempre à descendência de Abraão, teu amigo?
E habitaram nela e edificaram-te nela um santuário ao teu nome, dizendo:
Se algum mal nos sobrevier, espada, juízo, peste, ou fome, nós nos apresentaremos diante desta casa e diante de ti, pois teu nome está nesta casa, e clamaremos a ti na nossa angústia, e tu nos ouvirás e livrarás.
Agora, pois, eis que os filhos de Amom, e de Moabe e os das montanhas de Seir, pelos quais não permitiste passar a Israel, quando vinham da terra do Egito, mas deles se desviaram e não os destruíram,
Eis que nos dão o pago, vindo para lançar-nos fora da tua herança, que nos fizeste herdar.
Ah! nosso Deus, porventura não os julgarás? Porque em nós não há força perante esta grande multidão que vem contra nós, e não sabemos o que faremos; porém os nossos olhos estão postos em ti.
E todo o Judá estava em pé perante o SENHOR, como também as suas crianças, as suas mulheres, e os seus filhos.
Então veio o Espírito do SENHOR, no meio da congregação, sobre Jaaziel, filho de Zacarias, filho de Benaia, filho de Jeiel, filho de Matanias, levita, dos filhos de Asafe,
E disse: Dai ouvidos todo o Judá, e vós, moradores de Jerusalém, e tu, ó rei Jeosafá; assim o SENHOR vos diz: Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão; pois a peleja não é vossa, mas de Deus.
Amanhã descereis contra eles; eis que sobem pela ladeira de Ziz, e os achareis no fim do vale, diante do deserto de Jeruel.
Nesta batalha não tereis que pelejar; postai-vos, ficai parados, e vede a salvação do SENHOR para convosco, ó Judá e Jerusalém. Não temais, nem vos assusteis; amanhã saí-lhes ao encontro, porque o SENHOR será convosco."

Aleluia, Deus é conosco!

P.S. Esta devocional foi extraída do "Nosso Andar Diário" Edição 2010

quarta-feira, 24 de março de 2010

Sabei que o Senhor é Deus

"Sabei que o Senhor é Deus: foi ele, e não nós, que nos fez povo seu e

ovelhas do seu pasto. Entrai pelas portas dele com louvor, e em seus
átrios com hinos; louvai-o e bendizei o seu nome. Porque o Senhor é
bom, e eterna a sua misericórdia; e a sua verdade estende-se de geração
a geração." - Salmos 100:3-5

A bondade de Deus com o seu povo se estende de geração a geração como
vemos em Salmos 100:3-5,só que Deus tem testado seu filhos, dando poder
pare eles, para alguns cargos de chefia e foi nessa questão que Deus
testou Moisés quando enfrentou a Faraó, e Faraó pode ser visto como uma
espécie de representante de todos os inimigos do Senhor. "Assim diz o
Senhor Deus de Israel: deixa ir meu povo." Não foi dada nenhuma razão,
nenhum argumento, mas simplesmente isto: "Assim diz o Senhor"; ao qual
Faraó, entendendo perfeitamente o fundamento sobre o qual Deus estava
agindo, respondeu: "Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei?". Então
enfrentaram-se um ao outro, Jeová dizendo: "Assim diz o Senhor Deus de
Israel: deixa ir meu povo", e Faraó respondendo: "Não conheço o Senhor,
nem tão pouco deixarei ir Israel". Sabem como terminou essa "peleja".
Aquele cântico de Israel ao lado do Mar Vermelho, quando o Senhor dos
Exércitos triunfou gloriosamente,assim será com certeza para aqueles
que confiam e lançam seu medos e tribulações nos braços do Senhor dos
Exércitos, nós pertencemos ao Senhor, foi ele quem nos fez.

Uma vez que o Senhor nos fez, Ele tem direito a nós. O direito de
propriedade que Deus tem no homem é provada além de qualquer
argumentação por nós sermos Suas criaturas. O oleiro tem o direito
de fazer o vaso para o fim que ele quiser, entretanto ele não tem
direito tão absoluto sobre seu barro como Deus tem sobre nós, porque o
oleiro não faz o barro; ele faz o vaso do barro, mas o barro já existia
no começo. O Senhor, no nosso caso, tem feito o barro do qual nos tem
formado, e portanto estamos totalmente a Seu dispor, e devemos
servir-Lhe de todo o nosso coração. Se alguém cria uma coisa, ele espera
usá-la. Se Deus colocou você em seu emprego, ele pretende usá-lo assim
como ELE quiser; e se você nunca se dobrar para as vontades do maligno (
mentira, abuso de poder,piadas maldosas, aceitar bajulações, bajular,
ser injusto, achar-se superior aos outros),enfim, se você não servir
para O propósito de Deus, ele pode desacartá-lo rapidamente. O Senhor
que o fez tem direito ao seu serviço e à sua obediência. Será que você
não reconhecerá Seu direito?

Estou muito triste de saber e perceber que alguns que se dizem cristão
se deixam levar pelo poder de liderar, só que eles esquecem que é Deus
quem coloca no poder e, é Deus quem tira do poder,e o lider mais nobre
que existe na face da terra é aquele que serve a Deus. Um homem guiado
pelo Espírito Santo a viver para o Senhor é um ser totalmente mais nobre
do que aquele que é movido por um motivo menos grandioso.

Não há nada mais misericordioso, ou que mais purifique um homem da
grosseria mundana, e de toda a poluição do egocentrismo, do que servir
ao Deus eterno e sempre bendito, e sentir que há Alguém tão maior, tão
melhor do que ele mesmo, a quem almejamos, para quem vivemos. E assim
que, simultaneamente, a pessoa sente-se humilde, encorajada e animada a
servir a DEUS.

Entretanto, se não O seguirmos, aquilo que o homem pensa ser a coisa
mais fácil tornar-se-á a mais difícil. Ele acha mais fácil permanecer o
mais certo possível, porém sem correr riscos; ele acha melhor manter a
paz em casa, conceder muitos pontos, não ser muito puritano ou muito
exato, e assim por diante. Esse é o jeito fácil, o jeito que Deus
detesta, o caminho que levará no fim a uma consciência cauterizada, e à
exclusão do céu.
Todavia, a maneira de servir a Deus é ser lavado no sangue de Jesus, e
então obedecer ao Senhor sem reserva, e buscar somente a Sua honra. Este
é o caminho para o céu, e quando chegarmos àqueles lugares maravilhosos
estaremos todos em harmonia com os perfeitos, pois eles adorarão a JESUS
24 HORAS.

Recebi do Edinho por e-mail, não sei a fonte...

terça-feira, 23 de março de 2010

Eu quero morrer!

É isto mesmo que você leu no título: Eu quero morrer.

Na verdade, anseio morrer faz três anos, mas minhas tentativas têm sido frustradas. Já tive idéias mirabolantes, de causar inveja ao Tião Gavião, personagem do desenho Penélope Charmosa ou ao Coiote, do desenho Papa-Léguas. Também fiz tentativas estúpidas, das quais saí um pouco machucado, mas não chegaram nem perto do meu objetivo principal, que é a morte.

Compartilho da mesma filosofia de todo tipo de suicida, apesar de me considerar de um tipo bem diferente. Creio que morte vai trazer finalmente paz para o meu coração atribulado.

Acabo de ter uma idéia muito boa para concretizar meu intento. Após analisar meus sucessivos fracassos, decidi pedir ajuda, pois cheguei à conclusão de que sou tão incompetente que nem mesmo morrer eu consigo, mais um motivo para querer a morte.
Às vezes, até acho que meus planos foram frustrados porque lá no fundo eu não quero morrer. Eu preciso morrer, pois a cada dia que passa suporto menos este mundo e a mim mesmo, mas não consigo abrir mão da minha vida. Eu quero, mas não consigo, por isto necessitarei de auxílio.

E não pedirei ajuda para um qualquer não, tem que ser um profissional, entendido do assunto. Não quero que nada dê errado e eu me torne um vivo inválido, me arrastando ou sendo carregado pelo resto da vida, ou pior, vegetando apenas.
Já escolhi meu executor, e o escolhi muito bem. Sei que ele é especialista e se preocupa em cumprir este trabalho, evitando a dor de sua vítima, desde que esta não se debata muito.

Como já disse, faz três anos que quero morrer e busco isto, mas tenho falhado.
Quero morrer para este mundo, pois não há nada de bom nele para mim.
Quero morrer para a vaidade, que insiste em me dizer que sou mais bonito que uns, que sou mais inteligente e tenho mais conhecimento que outros e que pelo que tenho, sou melhor.

Quero morrer para a minha soberba, que faz com que me relacione com as pessoas com ar de superioridade.

Quero morrer para a minha falta de compromisso com o que creio e prego e deixar de ser um hipócrita.

Quero morrer também para a minha mesquinhez, que pede misericórdia e perdão para os meus erros, mas justiça e castigo para os outros.

Também desejo morrer para a minha falta de amor, que serve de contra-testemunho para aquilo que digo crer.

Talvez você entenda agora os motivos dos meus sucessivos fracassos em tentar morrer. E saiba que esta lista não se encerra por aqui.

Meu executor? Como disse, é especialista em morte. Tão especialista que até ele mesmo já morreu e é na morte dele que desejo de todo o meu coração morrer. Mas morrerei na esperança de que viverei novamente a vida do meu amado executor, porque ele vive.

Meu executor? Bem… Creio que já faz idéia de quem seja.

Extraído de Vivo no Mundo, mas não sou do mundo

quarta-feira, 10 de março de 2010

Apontamentos Sobre Uma Vida Extravagante

Pr. Daniel Rocha

Esta é uma geração de cristãos que tem buscado novas formas de espiritualidade, novos modelos de culto e se preocupado em descobrir novas maneiras de adorar ao Eterno. Nessa busca, surgiu há alguns anos um movimento que ficou conhecido como “adoração extravagante”, uma tendência que abandona os padrões formais, e busca maior liberdade e espontaneidade.

Confesso que nunca experimentei nada novo em matéria de adoração, nunca me esparramei pelo chão, não tive arrebatamentos que me levassem ao terceiro céu, e não consigo repetir dezenas de vezes o mesmo refrão de um cântico. Mas eu sei que para Deus, adoração, antes de tudo, é vida, e dela não pode estar separada.

Numa recente entrevista, o pastor e escritor na área de vida cristã, Eugene Peterson, disse que as pessoas que mais o incomodam são aquelas que chegam e perguntam o que elas precisam fazer para ser “mais espirituais”. E ele lhes responde: - “Esqueça esse negócio de ser espiritual. Que tal amar seu marido? Isso é um bom começo”. Porém, ele conclui desalentado: “Mas ninguém quer ouvir isso. Ninguém quer pensar em aprender a amar os filhos e aceitá-los do jeito que são”.

Espiritualidade no sentido bíblico nada tem a ver com uma forma diferente de orar, nem em ser batizado com a água de um determinado rio, nem ouvir o sonido do “shofar”, buscar êxtases, ou ser um asceta no mundo.

Desejas realmente agradar ao Único Senhor em tudo, e partilhar de Sua verdade aos homens? Buscas de fato uma “espiritualidade” que agrade profundamente ao Rei de toda a Terra? Anseias por alcançar aquilo que é chamado por muitos, de intimidade com Deus? Eis aqui alguns apontamentos que podem ser úteis nesse propósito:

Em primeiro lugar, ama extravagantemente. Ama sem esperar reciprocidade. Ainda que tenhas dons extraordinários, nunca te esqueças que é pelo amor e através do amor que o mundo olhará para ti como um autêntico discípulo de Jesus.

Perdoa sem reservas. Lembra-te que um dia fostes um devedor que não tinha como saldar uma dívida impagável, mas Jesus foi e a rasgou na cruz. E ainda o recebeu com teus defeitos e pecados.

Confessa-te pecador! Reconheça que em ti não reside bem algum, e se porventura enxergarem algo bom em sua vida, declare sem pestanejar que isso é integralmente obra do Espírito Santo.

Delicia-te com o fato de, mesmo pobre e desprezível aos olhos do mundo, ser possuidor da maior honraria que uma pessoa pode receber: ser chamada de filho de Deus.

Apazigua o teu coração na maravilhosa Graça divina, pois através dela não há nada que você possa fazer para ser mais amado pelo Eterno, e mesmo diante dos teus erros Ele continua a amá-lo de igual modo.

Lambuza-te com a Palavra, coma-a prazerosamente e sem prevenção. Digira em tuas entranhas esse santo maná e deixa-a manifestar-se nos teus membros na forma de uma vida em tudo agradável a Deus.

Conspira tenazmente contra toda forma de injustiça. Não te submetas aos dominadores, e não te cales diante dos poderosos.

Oferta generosamente! Não porque temas que “gafanhotos” saltarão das páginas do Antigo Testamento para assombrar tua vida, mas porque possuis em ti o espírito do Evangelho que considera tudo pertencente ao Pai. Por isso, ofereça a Deus, despojadamente, tudo o que és.

Rejeita qualquer forma de discriminação. Pratica o amor inclusivo de Jesus e seja como o servo que sai pelas ruas e becos da cidade trazendo os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos” (Lc 14.21) para que a Casa do Pai fique cheia. E Ele se alegrará em ti.

Confronta destemidamente os pregadores da prosperidade, os enganadores dos simples, e os que pensam ser alguma coisa, e nada são. Desmascara-os publicamente e não temas se disserem: “não toqueis o ungido do Senhor”. Lembra-te: és tu que verdadeiramente tem a unção do Alto, não eles.

Depois de tudo isso, (e somente depois), já não importará mais a forma da tua adoração, não importará se ajoelhas, se levanta as mãos, se entoa canções audíveis ou apenas balbucia trechos bíblicos quase inaudíveis, se balanças suavemente o teu corpo ao ritmo da música, ou se permaneces imóvel como que vendo o Invisível... sim, vá em paz, o Eterno já aceitou a adoração da tua vida, antes mesmo que adentrasses o templo do Senhor.


Pr. Daniel Rocha é da Igreja Metodista de Itaberaba

sexta-feira, 5 de março de 2010

1ª Epístola de Paulo Aos BRASILEIROS


E se o apóstolo Paulo escrevesse uma carta aos brasileiros...


Prefácio e Saudação

Paulo, apóstolo, não da parte de homens, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, a todos os santos e fiéis irmãos em Cristo Jesus, que se encontram em terras brasileiras, graça e paz a vós outros.


Exortações à Igreja


Rogo-vos para que não haja partidos entre vós. Mas vejo que é isso que está ocorrendo, pois uns dizem: eu sou de Malafaia; outros, de Macedo; outros, do Soares; outros de Feliciano; Quem é Malafaia? Quem é Soares? Quem são eles? [1] Por acaso Cristo está dividido? Não são neles que devemos postar nossos olhos, mas em Cristo, o único que morreu por nós.

Vejo que ainda sois meninos na fé quando o propósito de cada um é só buscar bênçãos para si, visando os próprios interesses e não o interesse do Corpo. Digo-vos que a maior benção já vos foi concedida na cruz quando fostes resgatados da morte e das trevas. Agora, aprendam a viver contentes e dar graças a Deus por tudo [2] .


Sinais e Prodígios


Assim como os judeus pediam sinais em minha época [3], há muitos que só pensam em prodígios e maravilhas: fazem correntes e marcam hora para as curas se efetuarem, e eu já havia advertido aos seus irmãos de Tessalônica que tão somente orassem o tempo todo, [4] pois apenas Deus é quem sabe a hora de atender. Eu mesmo deixei Trófimo doente em Mileto, [5] o amado Timóteo foi medicado enquanto esperava o Senhor curar sua gastrite, [6] e Epafrodito adoeceu mortalmente chegando às portas da morte [7]. Por que entre vós no Brasil seria diferente?


Outras admoestações


Estão fazendo rituais para amarrar demônios e declarar que as cidades do Brasil são do Senhor Jesus. Nunca vistes isso em mim e em nenhum momento em Cristo. Pelo contrário, preguei o evangelho em Éfeso, mas a cidade continuou seguindo a deusa Diana. No Areópago de Atenas riram e zombaram de minha pregação, e poucos aceitaram a palavra do evangelho; como eu iria dizer que Atenas era do Senhor Jesus? Em Corinto, a prostituição continuou a dominar a cidade, e em Roma, as orgias e as dissoluções da família até se intensificaram no decorrer dos anos. Dizer que Roma pertencia ao Senhor Jesus seria uma frase que levaria ao engano os poucos irmãos verdadeiramente convertidos.

Na verdade muito me esforcei e fiz de tudo para ver se conseguia salvar a alguns [8]. Nunca ensinei a reivindicar territórios, mas tão somente orava a Deus que me abrisse uma porta para pregar a Palavra [9] .


Cuidado com os falsos apóstolos


Há muitos homens gananciosos aparecendo no meio de vós no Brasil dizendo que são apóstolos e criando hierarquias para exercer domínio uns sobre os outros, coisa que nunca aceitei. Porque tanta preocupação com títulos? Por que ninguém se contenta em ser chamado simplesmente servo? Pois é isso é o que realmente importa. Saibam que há muitos obreiros fraudulentos transformando-se em apóstolos de Cristo [10].

Já vos advertira que depois da minha partida, entre vós penetrariam lobos vorazes que não poupariam o rebanho de Cristo [11], vós não lembrais disso brasileiros?


Sobre os dons espirituais


Soube que muitos estão preocupados com os dons. É verdade que eles são importantes, mas o Espírito concede a cada um conforme melhor lhe convém [12]. Tenho percebido que valorizam principalmente os dons sobrenaturais – como falar em línguas, visões, curas e revelações – e esquecem-se que ensinar bem as Escrituras, administrar com zelo as coisas de Deus e promover socorro aos necessitados também são dons espirituais [13].

Mas o que eu quero mesmo é que estejais buscando para suas vidas o fruto do Espírito. De nada adianta ter fé suficiente para curar pessoas, transportar montes e expulsar demônios se ficais devorando uns aos outros, [14] se não têm amor, se provocam rixas e intrigas entre si e dão mau testemunho.


Ofertas ao Senhor


Quanto às ofertas e sacrifícios, já falei por carta: no primeiro dia da semana cada um separe segundo sua prosperidade [15]. Nunca fiz leilão de bênçãos do Senhor, desafiando o povo a ofertar começando com 10 moedas de ouro até chegar ao que tinha um denário. O único sacrifício aceitável por Deus já foi feito na cruz pelo seu Filho Jesus, entendais isto brasileiros.

Quando Deus me der oportunidade de visitar-vos quero conhecer os que estão se enriquecendo com o Evangelho e enfrentar-lhes face a face. A piedade jamais pode ser fonte de lucro [16] e se continuarem nessa sórdida ganância haverão de sofrer muitas dores [17].


A busca da verdadeira maturidade


É imprescindível que manejem bem a Palavra, pois chegou ao meu conhecimento que esta é uma geração tão ignorante nela que estão sendo enganados por lobos vorazes, que trazem enganos e sofismas, e a esses, de boa mente, os tolerais [18]. Lembrem-se que quando preguei em Beréia o povo consultava a Palavra para ver se as coisas eram de fato assim [19]. Porque não fazeis vós o mesmo? Ora, os ardis de satanás vêm sempre disfarçados na pregação de um anjo de luz [20].

Vejo que entre vós há muitos acréscimos e deturpações daquilo que falei. Admoesto-vos a que não ultrapasseis o que está escrito [21] .


As saudações pessoais


Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos; afastai-vos deles, porque esses tais não servem a Cristo, e sim a seu próprio ventre [22], seus próprios interesses. Em breve vos vereis.


A bênção


A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós do Brasil [23].


Original do autor Daniel Rocha, da Igreja Metodista de Itaberaba, em Metodista 2007 ; Vi no Genizah e divulguei!


REFERÊNCIAS [1] - 1Co 3.5 [2] - Fp 4.11; 1Ts 5.18 [3] - 1Co 1.22 [4] - 1Ts 5.17 [5] - 2Tm 4.20 [6] - 1Tm 5.23 [7] - Fp 2.27-30 [8] - 1Co 9.22 [9] - Cl 4.3 [10] - 1Co 11.3 [11] - At 20.29 [12] - 1Co 12.7 [13] - Rm 12.7-8 [14] - Gl 5.15 [15] - 1Co 16.2 [16] - 1Tm 6.5 [17] - 1Tm 6.10 [18] - 2Co 11.4 [19] - At 17.11 [20] - 2Co 11.14 [21] - 1Co 4.6 [22] - Rm 16.17-18 [23] - 2Co 13.13

segunda-feira, 1 de março de 2010

Coragem e ousadia para obedecer

Hoje é tão comum ouvirmos o ensino de que devemos reinvindi-
car o que é nosso direito. Nos ensinam que devemos
repreender o inimigo e declarar a nossa vitória nas
situações de dificuldade, como se não fosse para nós
passarmos por problemas nunca. Para essas pessoas passar
por dificuldades representa a falta da presença ou da bênção
de Deus em nossa vida.

No entanto esta passagem mostra Paulo nos dando um exemplo
diferente. Curiosamente, esta passagem mostra Paulo exigindo
seus direitos de cidadão romano, não durante a dificuldade,
mas sim depois dela.

Perceba que o texto em momento algum mostra Paulo tentando
se defender usando a prerrogativa da sua cidadania. Ao ser
colocado no cárcere, tanto ele como Silas tomam a atitude
de louvar a Deus. Não é estranho isso? Eles não fizeram nada
para escapar ao sofrimento e à dificuldade. Apenas louvaram
a Deus enquanto estavam passando por ele.

Esta atitude deles permitiu que Deus os usasse como Ele
queria. Essa foi a maneira que Deus usou para que Paulo e
Silas estivessem no lugar certo e na hora certa para anunciar
o evangelho ao carcereiro e a todos os que estavam naquela
prisão. Só após Deus ter realizado o seu propósito é que
Paulo então foi atrás dos seus direitos.

Será que Paulo não sabia que podia passar por esses proble-
mas? Com certeza que sabia. Pois na sua conversão foi lhe
anunciado o propósito de Deus para a sua vida e também lhe
foi avisado sobre os sofrimentos e dificuldades que haveria
de passar por causa do nome de Jesus (Atos 9:15,16).

Paulo sabia que tudo o que fizesse para anunciar o evangelho
e libertar as pessoas poderia desencadear problemas e
dificuldades. Mas ainda assim optou por continuar sabendo
que em cada dificuldade experimentaria a ação de Deus.

Vejo nessa atitude de Paulo o contrário da de muitas pessoas
que decretam o fim das suas dificuldades sem nem mesmo
perguntar a Deus se há algum propósito dEle nessas provações.

Quantas vezes nós mesmos deixamos de realizar aquilo que
Deus está colocando em nosso coração, pois conseguimos
enxergar que se tomarmos a atitude esperada por Deus
enfrentaremos dificuldades?

Sigamos o exemplo de Paulo, que mesmo sabendo que suas
ações implicariam em lutas adiante, teve coragem de crer na
promessa da presença de Deus em todo o tempo. Inclusive para
livrá-lo das dificuldades decorrentes da sua obediência.

"Pai amado, livra-me de fazer parte desta geração covarde que
foge de
te obedecer para não ter que lutar, ajuda-me a crer
na tua presença e no
teu livramento."

Recebi por e-mail da Elaine C.M.F.Caldas, mas ela não soube
me dizer a fonte, portanto se você que lê a mensagem acima é
o dono dela me mande um e-mail que colocarei a fonte! (rs)

As teses da Igreja Contemporânea (3)

“Non nobis Domine, sed nomini Tuo da gloriam” (Salmo 115.1)

As Teses para a Igreja de Hoje

1 – Ninguém deve ser julgado por sua roupa, maquiagem ou estilo. As opiniões pessoais de pastores e líderes quanto ao vestuário e estilo pessoal não devem ser tomadas como Palavras de Deus e são passíveis de questionamentos. Mas que essa liberdade pessoal seja exercida como servos de Cristo, com sabedoria e equilíbrio. (Rm 14.22)

2 – Que nenhum pastor, bispo ou apóstolo se utilize do versículo bíblico “não toqueis no meu ungido” para tornarem-se inquestionáveis e isentos de responsabilidade por aquilo que falam e fazem no comando de suas igrejas. (Ez 34.2; 1 Cr 16.22)

3 – Que ninguém seja ameaçado por seus líderes de “perder a salvação” por questionarem seus métodos, palavras e interpretações. Que essas pessoas descansem na graça de Deus, cientes de que, uma vez salvas pela graça estão guardadas sob a égide do sangue do cordeiro, de cujas mãos, conforme Ele mesmo nos afirma, nenhuma ovelha escapará. (Jo 10.28-29)

4 – “O profeta que tiver um sonho, conte-o como sonho. Mas aquele a quem for dado a Palavra de Deus, que pregue a Palavra de Deus.” Que sejamos sábios para não misturar as coisas. (Jr 23.28)

5 – Que estejamos cada vez mais certos de que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens. Que a febre de erguermos “palácios” para Deus dê lugar à simplicidade e humildade do bebê que nasce na manjedoura, e nem por isso, deixa de ser Rei do Universo. (At 7.48-50)

6 – Que ninguém seja obrigado a levantar as mãos, fechar os olhos, dizer alguma coisa para o irmão do lado, pular, dançar... mas que haja liberdade no louvor tanto para fazer essas coisas como para não fazer. E que ninguém seja julgado por isso. (2 Co 3.17)

7 – Que o profeta que “profetizar” algo e isso não se cumprir, seja reconhecido como falso profeta, segundo as Escrituras. (Ez 13.9; Dt 18.22)

8 – Lamentamos o estímulo e o uso de “amuletos” cristãos como “água do rio Jordão”, “areia de Israel” e outros que transformam a fé cristã numa fé animista e necessitada de “catalisadores” do poder de Deus. (Hb 11.1)

9 – Consideramos uma afronta ao Evangelho as novas unções como “unção dos 4 seres viventes”, “unção do riso”, etc... pois além de não possuírem NENHUM respaldo bíblico ainda expõem as pessoas a situações degradantes e constrangedoras. (2 Tm 4.1-4)

10 – Reafirmamos que o véu que fazia separação entre o povo e o lugar santo, foi rasgado de alto a baixo quando da morte de Cristo. TODO cristão tem livre acesso a Deus pelo sangue de Cristo, não necessitando da mediação de quem quer que seja. (Hb 4.16; 2 Tm 2.15)

11 – Que nenhum grupo religioso julgue-se superior a outro pelo NÚMERO de pessoas que aderem ao seu “mover”. Nem sempre crescimento numérico representa crescimento sadio. (Gl 6.3)

12 – Que a idolatria evangélica para com pastores, apóstolos, bispos, cantores, seja banida de nosso meio como um câncer é extirpado para haver cura do corpo. Que a existência de fã-clubes e a “tietagem” evangélica sejam vistos como uma afronta e como tentativa de se dividir a glória de Deus com outras pessoas. (Is 42.8; At 10.25-26)

13 – Que haja consciência sobre aquilo que se canta. Que sejamos fiéis à Palavra quando diz “cantarei com o meu espírito, mas também cantarei com meu entendimento”. (1 Co 14.15)
Continua...

Fonte: Blog de Beréia

As teses da Igreja Contemporânea (2)

“Non nobis Domine, sed nomini Tuo da gloriam” (Salmo 115.1)

As Teses para a Igreja de Hoje

1 – Reafirmamos que, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, sendo os mesmos livres de quaisquer maldições passadas, conhecidas ou não, pelo poder da cruz e do sangue de Cristo, que nos livra de todo o pecado e encerra em si mesmo toda a maldição que antes estava sobre nós. (Rm 8.1)

2 – Entendemos que a natureza criada participa das dores, angústias e conseqüências da queda do homem, e que aguarda com ardente expectativa a manifestação dos filhos de Deus. (Rm 8.19-23)

3 – Reconhecemos a suficiência e plenitude da graça de Cristo, não necessitando assim, de quaisquer sacrifícios ou barganhas para se alcançar a salvação e favores de Deus. (Ef 2.8-9)

4 – Reconhecemos também a suficiência da graça em TODOS os aspectos da vida cristã, dizendo com isso que não há nada que possamos fazer para “merecermos” a atenção de Deus. (Rm 3.23; 2 Co 12.9)

5 – Que retornemos ao princípio bíblico, vivido pela igreja chamada primitiva, de que “ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum.” (At 4.32)

6 – Que não condenemos nenhum irmão por ter caído em pecado, ou por seu passado. Antes, seguindo a Palavra, corrijamos a ovelha ferida com espírito de brandura, guardando-nos para que não sejamos também tentados. (Gl 6.1)

7 – Que ninguém seja culpado por duvidar de algo. Que haja espaço em nosso meio para questionamentos. Que ninguém seja recriminado por “falta de fé”. Que haja maturidade para acolher o fraco e sabedoria para ensiná-lo na Palavra. A fé vem pelo ouvir, e o ouvir da Palavra de Deus. (Rm 14.1; Rm 10.17)

8 – Cremos na plena ação do Espírito Santo, mas reconhecemos que em muitas situações e igrejas, há enganos em torno do ensino sobre dons e abusos em suas manifestações. (Hb 13.8; 1 Co 12.1)

9 – Que os neófitos sejam tratados com carinho, ensinados no caminho, e não expostos aos púlpitos e à “fama” antes de estarem amadurecidos na fé, para que não se ensoberbeçam e caiam nas ciladas do diabo. (1 Tm 3.6)

10 – Que sejamos conhecidos não por nossas roupas ou por nossos jargões lingüísticos, mas por nossa ética e amor para com todos os homens, refletindo assim, a luz de Cristo para todos os povos. (Mt 5.16)

11 – Que arda sempre em nosso peito o desejo de ver Cristo conhecido em todas as culturas, raças, tribos, línguas e nações. Que missões seja algo sempre inerente ao próprio ser do cristão, obedecendo assim à grande comissão que Jesus nos outorgou. (Mt 28.18-20)

12 – Reconhecemos que muitas igrejas chamam de pecado aquilo que a Bíblia nunca chamou de pecado. (Lc 11.46)

13 – Cremos que o Reino também se manifesta na Igreja, mas é maior que ela. Deus não está preso às paredes de uma religião. O Espírito de Deus tem total liberdade para se manifestar onde quiser, independente de nossas vontades. (At 7.48-49)

14 – O versículo bíblico “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor” não deve ser interpretado sob olhares políticos como “Feliz a nação cujo presidente é evangélico” e nem utilizado para favorecer candidatos que se arroguem como cristãos. (Sl 144.15)

15 – Nenhum pastor, bispo ou apóstolo (ou qualquer denominação que se dê ao líder da igreja local) é inquestionável. Tudo deve ser conferido conforme as Escrituras. Nenhum homem possui a “patente” de Deus para as suas próprias palavras. Portanto, estamos livres para, com base nas Escrituras, questionarmos qualquer palavra que não esteja de acordo com as mesmas. (At 17.11)

Continua...

Fonte: Blog de Beréia

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

As teses da Igreja Contemporânea (1)

Começo hoje a publicar artigos (num total de três) referentes a teses da igreja contemporânea. Assim como sabemos que Lutero já o fez com as suas "famosas" 95 teses explicando sua refutação acerca de doutrinas errôneas, dou início a estes artigos excelentes para conhecimento e apreciação de todos.

Os artigos foram extraídos do Blog de Beréia, cujo blog se encontra com banner no canto esquerdo do site e diga-se de passagem com ótimo material para estudo.

As Teses da Igreja Comtemporânea (parte 1)

Tal como Lutero desenvolveu as suas 95 teses expondo sua refutação, à luz da Bíblia, acerca de algumas práticas da Igreja Católica, também o fez José Barbosa Júnior e elaborou as "95 teses da Igreja de Hoje".
Divulgaremos muitas delas aqui. Não as colocaremos em sua totalidade por discordarmos de algumas, porém julgamos de excelente qualidade o material que será publicado e de maneira alguma a mensagem global perderá a sua essência.
Também não as publicaremos em uma só postagem, mas sim gradativa e esporadicamente.

“Non nobis Domine, sed nomini Tuo da gloriam” (Salmo 115.1)

As Teses para a Igreja de Hoje

1 – Reafirmamos a supremacia das Escrituras Sagradas sobre quaisquer visões, sonhos ou novas revelações que possam aparecer. (Mc 13.31)

2 – Entendemos que todas as doutrinas, idéias, projetos ou ministérios devem passar pelo crivo da Palavra de Deus, levando-se em conta sua total revelação em Cristo e no Novo Testamento do Seu sangue. (Hb 1.1-2)

3 – Repudiamos toda e qualquer tentativa de utilização do texto sagrado visando a manipulação e domínio do povo que, sinceramente, deseja seguir a Deus. (2 Pe 1.20)

4 – Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus e que contém TODA a revelação que Deus julgou necessária para todos os povos, em todos os tempos, não necessitando de revelações posteriores, sejam essas revelações trazidas por anjos, profetas ou quaisquer outras pessoas. (2 Tm 3.16)

5 – Que o ensino coerente das Escrituras volte a ocupar lugar de honra em nossas igrejas. Que haja integridade e fidelidade no conhecimento da Palavra tanto por parte daqueles que a estudam como, principalmente, por parte daqueles que a ensinam. (Rm 12.7; 2 Tm 2.15)

6 – Que princípios relevantes da Palavra de Deus sejam reafirmados sempre: a soberania de Deus, a suficiência da graça, o sacrifício perfeito de Cristo e Sua divindade, o fim do peso da lei, a revelação plena das Escrituras na pessoa de Cristo, etc. (At 2.42)

7 – Cremos que o mundo jaz no maligno, conforme nos garantem as Escrituras, não significando, porém, que Satanás domine este mundo, pois “do Senhor é a Terra e sua Plenitude, o mundo e os que nele habitam”. (1 Jo 5.19; Sl 24.1)

8 – Cremos que a vitória de Jesus sobre Satanás foi efetivada na cruz, onde Cristo “expôs publicamente os principados e potestades à vergonha, triunfando sobre eles” e que essa vitória teve como golpe final a ressurreição, onde o último trunfo do diabo, a saber, a morte, também foi vencido. (Cl 2.15; 1 Co 15.20-26)

9 – Acreditamos que o cristão verdadeiro, uma vez liberto do império das trevas e trazido para o Reino do Filho do amor de Deus, conhecendo a verdade e liberto por ela, não necessita de sessões contínuas de libertação, pois isso seria uma afronta à Cruz de Cristo. (Cl 1.13; Jo 8.32,36)

10 – Cremos que o diabo existe, como ser espiritual, mas que está subjugado pelo poder da cruz de Cristo, onde ele, o diabo, foi vencido. Portanto, não há a necessidade de se “amarrar” todo o mal antes dos cultos, até porque o grande Vencedor se faz presente. (1 Co 15.57; Mt 18.20)

11 – Declaramos que nós, cristãos, estamos sujeitos à doenças, males físicos, problemas relativos à saúde, e que não há nenhuma obrigação da parte de Deus em curar-nos, e que isso de forma alguma altera o seu caráter de Pai amoroso e Deus fiel. (Jo 16.33; 1 Tm 5.23)

12 – Entendemos que a prosperidade financeira pode ser uma benção na vida de um cristão, mas que isso não é uma regra. Deus não tem nenhum compromisso de enriquecer e fazer prosperar um cristão. (Fp 4.10-12)

13 – Reconhecemos que somos peregrinos nesta terra. Não temos, portanto, ambições materiais de conquistar esta terra, pois “nossa pátria está nos céus, de onde aguardamos a vinda do nosso salvador, Jesus Cristo”. (1 Pe 2.11)

14 – Nossas petições devem sempre sujeitar-se à vontade de Deus. “Determinar”, “reivindicar”, “ordenar” e outros verbos autoritários não encontram eco nas Escrituras Sagradas. (Lc 22.42)

15 – Afirmamos que a frase “Pare de sofrer”, exposta em muitas igrejas, não reflete a verdade bíblica. Em toda a Palavra de Deus fica clara a idéia de que o cristão passa por sofrimentos, às vezes cruéis, mas ele nunca está sozinho em seu sofrer. (Rm 8.35-37)


Continua...


Fonte:http://debereia.blogspot.com/2008/08/as-teses-da-igreja-contempornea.html

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O primeiro milagre do 'Heliocentrismo'




(...)


Coloco essas questões a propósito da isenção de impostos para igrejas, que foi tema de reportagem de minha autoria publicada na edição de domingo da Folha de S.Paulo (quem tiver acesso à edição digital poderá conferir também a arte, que não é disponibilizada através do link). Para quem não é assinante de nada ou não está com paciência de ficar singrando hipertextos, faço um rápido resumo da matéria:

Eu, Claudio Angelo, editor de Ciência da Folha, e Rafael Garcia, repórter do jornal, decidimos abrir uma igreja. Com o auxílio técnico do departamento Jurídico da Folha e do escritório Rodrigues Barbosa, Mac Dowell de Figueiredo Gasparian Advogados, fizemo-lo. Precisamos apenas de R$ 418,42 em taxas e emolumentos e de cinco dias úteis (não consecutivos). É tudo muito simples. Não existem requisitos teológicos ou doutrinários para criar um culto religioso. Tampouco se exige número mínimo de fiéis.

Com o registro da Igreja Heliocêntrica do Sagrado EvangÉlio e seu CNPJ, pudemos abrir uma conta bancária na qual realizamos aplicações financeiras isentas de IR e IOF. Mas esses não são os únicos benefícios fiscais da empreitada. Nos termos do artigo 150 da Constituição, templos de qualquer culto são imunes a todos os impostos que incidam sobre o patrimônio, a renda ou os serviços relacionados com suas finalidades essenciais, as quais são definidas pelos próprios criadores. Ou seja, se levássemos a coisa adiante, poderíamos nos livrar de IPVA, IPTU, ISS, ITR e vários outros "Is" de bens colocados em nome da igreja.

Há também vantagens extratributárias. Os templos são livres para se organizarem como bem entenderem, o que inclui escolher seus sacerdotes. Uma vez ungidos, eles adquirem privilégios como a isenção do serviço militar obrigatório (já sagrei meus filhos Ian e David ministros religiosos) e direito a prisão especial.

A discussão pública relevante aqui é se faz ou não sentido conceder tantas regalias a grupos religiosos. Não há dúvida de que a liberdade de culto é um direito a preservar de forma veemente. Trata-se, afinal, de uma extensão da liberdade de pensamento e de expressão. Sem elas, nem ao menos podemos falar em democracia.

Em princípio, a imunidade tributária para igrejas surge como um reforço a essa liberdade religiosa. O pressuposto é o de que seria relativamente fácil para um governante esmagar com taxas o culto de que ele não gostasse.

Esse é um raciocínio que fica melhor no papel do que na realidade. É claro que o poder de tributar ilimitadamente pode destruir não apenas religiões, mas qualquer atividade. Nesse caso, cabe perguntar: por que proteger apenas as religiões e não todas as pessoas e associações? Bem, a Constituição em certa medida já o fez, quando criou mecanismos de proteção que valem para todos, como os princípios da anterioridade e da não cumulatividade ou a proibição de impostos que tenham caráter confiscatório.

Será que templos de fato precisam de proteções adicionais? Até acho que precisavam em eras já passadas, nas quais não era inverossímil que o Estado se aliasse à então religião oficial para asfixiar economicamente cultos rivais. Acredito, porém, que esse raciocínio não se aplique mais, de vez que já não existe no Brasil religião oficial e seria constitucionalmente impossível tributar um templo deixando o outro livre do gravame.

No mais, mesmo que considerássemos a imunidade tributária a igrejas essencial, em sua presente forma ela é bem imperfeita, pois as protege apenas de impostos, mas não de taxas e contribuições. Ora, até para evitar a divisão de receitas com Estados e municípios, as mais recentes investidas da União têm se materializado justamente na forma de contribuições. Minha sensação é a de que a imunidade tributária se tornou uma espécie de relíquia dispensável.

Está aí o primeiro milagre do heliocentrismo: não é todo dia que uma igreja se sacrifica dessa forma, advogando pela extinção de vantagens das quais se beneficia.

Sei que estou pregando no deserto, mas o Brasil precisaria urgentemente livrar-se de certos maus hábitos, cujas origens podem ser traçadas ao feudalismo e ao fascismo, e enfim converter-se numa República de iguais, nas quais as pessoas sejam titulares de direitos porque são cidadãs, não porque pertençam a esta ou aquela categoria profissional ou porque tenham nascido em berço esplêndido. O mesmo deve valer para associações. Até por imperativos aritméticos, sempre que se concede uma prebenda fiscal a um dado grupo, onera-se imediatamente todos os que não fazem parte daquele clube. Não é demais lembrar que o princípio da solidariedade tributária também é um dos fundamentos da República.


Hélio Schwartsman
, 44, é articulista da Folha. Bacharel em filosofia, escreve para a Folha Online às quintas.

Fonte:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/helioschwartsman/ult510u660688.shtml

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E você ainda se pergunta porque em cada esquina do nosso país se encontra uma igreja? Com essa facilidade, sem pagar impostos e podendo explorar a fé das pessoas, é um convite a abrir uma, não estou nenhum pouco surpreso.


Aí embaixo vai uma lista de igrejas criadas no Brasil, os seus idealizadores são bastantes criativos:

- Igreja da Água Abençoada (o "dono" dessa deve ser o Valdemiro)
- Igreja da Bênção Mundial Fogo de Poder (impactante!)
- Congregação Anti-Blasfêmias (oi?)
- Igreja Chave do Éden (faz uma cópia pra mim?)
- Igreja Evangélica de Abominação à Vida Torta (?????)
- Igreja Batista Incêndio de Bênçãos (QUEIMAAAAAA)
- Comunidade do Coração Reciclado
- Cruzada de Emoções (hã?)
- Igreja Pentecostal Jesus Nasceu em Belém (do Pará?)
- Igreja Evangélica Pentecostal Labareda de Fogo
- Igreja Evangélica Pentecostal a Última
- Embarcação Para Cristo (quem perder vai ficar!)
- Comunidade Arqueiros de Cristo (seria dos querubins?)
- Igreja Automotiva do Fogo Sagrado (Quem não tem carro não entra)
- Igreja batista a paz do senhor e anti-globo (A mais nova do Edir)
- Associação Evangélica Fiel até Debaixo D'água (que bom)
- Igreja Pentecostal do Fogo Azul (a gás?)
- Cruzada Evangélica do Pastor Qaldevino Coelho, a Sumidade (quem?)
- Igreja Filho do Varão
- Igreja da Oração Eficiente (essa é boa!)
- Igreja da Pomba Branca
- Cruzada do Poder Pleno e Misterioso (tô fora)
- Igreja do Amor Maior que Outra Força
- Igreja Dekanthalabassi (fundada pelo infeliciano)
- Igreja dos Bons Artifícios
- Igreja Cristo é Show (fundada pelo acerte acerte Soares)
- Cruzada Evangélica do Ministério de Jeová, Deus do Fogo
- Igreja das sete Trombetas do Apocalipse
- Igreja Pentecostal do Pastor Sassá (Mutema?)
- Igreja de Deus da Profecia no Brasil e América do Sul (os outros continentes que se danem)
- Igreja Caverna de Adulão (não seria do dragão?)
- Igreja Eu também Quero a Bênção
- Igreja Evangélica Florzinha de Jesus
- Igreja de Deus Assembléia dos Anciãos (de 60 anos pra cima)
- Igreja Evangélica Facho de Luz
- Igreja Evangélica Adão é o homem (E Eva a mulher certo?)
- Igreja Evangélica Batista Barranco Sagrado
- Igreja Pentecostal Jesus vem, Você Fica (pela profecia!)
- Igreja Evangélica Pentecostal Cuspe de Cristo (é mole?)
- Igreja Evangélica Subimos com Jesus (Amém)
- Igreja Pentecostal Planeta Cristo
- Igreja Evangélica dos Hinos Maravilhosos
- Igreja Evangélica Pentecostal da Bênção Ininterrupta (não para não para não)
- Igreja A Serpente De Moisés, A Que Engoliu As Outras (devia ser uma sucuri!)


É rir, pra não chorar!